quarta-feira, 21 de maio de 2008

Tristeza!

Tristeza vem de dentro da gente, ela anda com a gente, esta sempre ali, pra qualquer coisa que acontece que nos deixe tristes, ela aflora de dentro do nosso corpo, e aparece, como se tomasse conta, nos dominasse, nos guiasse, mandasse em nós.
Nós é que fazemos a tristeza, quando a pessoa é depressiva, eu acho que ela sempre "aumenta" o grau de tristeza, mas não é de propósito, com certeza não, é sem perceber, é de novo a tristeza tomando conta da gente e nos dominando.
Todos tem motivos pra ficar triste, claro, mas as pessoas saudáveis, digo, as que não tem depressão ou não são depressivas, ficam triste, mas continuam a vida, continuam a luta, e já as pessoas depressivas, se deixam dominar pela tristeza, fazem uma proteção em volta de si, onde dentro só tem ela mesma e a tristeza. É mais ou menos isso, e isso só aumenta.
Existem certos momentos na nossa vida em que conseguimos apenas sentir dor, essa dor essa provocada por um enorme vazio. Neste momento atravesso uma fase assim, não tenho qualquer problema em partilhar isso com o "mundo", talvez até seja bom quer para mim quer para quem lê este texto. Sinto um enorme vazio criado pela dor de não ser apreciado por ninguém, estou atravessando uma fase em que sinto que ninguém me dá valor, é complicado darmos valor a nós próprios qunado mais ninguém dá não é? A minha paranoia é tanta que sinto que todos á minha volta estão felizes, ou já encontraram a sua cara metade, e eu continuo infeliz, desprezado e sozinhoHoje me sinto perdido, me sinto triste e vazio. Mas preciso de alguém que entenda oque eu sinto, não sei bem ao certo. Só sei que sinto uma dor que me parece incurável. Que aumenta, que cessa, sem ter hora de chegar. Que atravessa. Essa dor não vai embora, ela parece me embaralhar todos os sentimentos, que dentro de mim ficam. Só sei que não sei o que sinto. Não sei não dizer o que é, podem ser muitas coisas, uma série de fatores.
Muitas pessoas se dizem dispostas a tentar ajudar, mas creio que nasci pra fazer o papel de anjo delas, mas encontrar alguém que faça este papel pra mim, isso é como procurar uma agulha num palheiro, mas uma coisa é certa: Ninguém consegue compreender. Ningúem mesmo.
**Vazio I**
Saudade de tudo que não conheço. Vontade de nadaque já tive. Gosto docemente lindo, que amarga cruelmente. Sons puros e melodiosos, que embalam a desarmonia. Lembranças sufocantesdo... nada.

**Vazio II**
V ento frio.
A migos perdidos
Z elo esquecido
I nsatisfação...
O mal que fere o coração.

**Vazio III**
Desprezo, raiva, decepção, mentira, falsidade, traição, desconfiança, abuso, desilusão, mesquinharia, futilidade, missão, cobiça, inveja, pretensão, trapaça, desleal, foi o que restou.
**Vazio IV**
Calada inerte fico GRITO!
Após tantos vazios...
A lua se despede deita na rua, encontro de corpos vazios, vorazes, vida crua. Choro de almas sonhadoras, sofridas, morte nua.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

7 mesês!

Até que enfim resolvi colocar fotos minha, do Artur e da irmãzinha ansiosa Jú.Sete meses!Nossa, até que passou bem rápido. Nem acredito que já estou de 7 meses! Lembro muito bem do alívio que senti quando passei do terceiro mês. Nem se compara
com o alívio de agora, que é muito maior, mas este, disputa espaço no meu coração
com a ansiedade e o medo, se é que posso chamar assim essa confusão de sentimentos
que têm envadido meu peito. Bem o que tem acontecido de uns dias pra cá é que ando muitoooo nervosa, super
ansiosa e já ando tendo pesadelos com o parto. Já li num livro sobre isso que é
muito comum, com a proximidade do parto, nosso inconsciente "brincar" com nossos
medos e ansiedades.Sonhei ontem que faziam cesariana em mim e tiravam o Artur com sete meses.
Eu acordava e percebia o acontecido e só via minha cicatriz. Ai credo. Odeio pesadelos. Quem gosta?Essa movimentação toda na barriga tem me tirado o sono. Não tenho dormido muito
bem, ta difícil.Tem sido uma experiência difícil, mais ao mesmo tempo maravilhosa e incrível!
Poder gerar uma vida, sentir os movimentos do bebê, preparar tudo para sua
chegada... O papai Tiago tem acompanhado mais de perto agora, tem sido um marido perfeito e
maravilhoso, coitado sofre muito com meu nervosismo, mais entende muito bem.

Andei meio sumida, não tinha colocado fotos ainda porque dá muito trabalho e
preguiça é uma coisa que eu sempre tive (não é por causa da gravidez).
Já temos bastante coisas do enxoval (mais ainda falta muito).Ganhamos o berço, o carrinho,
a bolsa, roupinhas a maioria da titia e madrinha Priscila. Compramos o bebê
conforto, o móbile musical, a banheira... tudo lindo!
Beijos para quem passar por aqui, fiquem com Deus, e obrigada pelo carinho!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

SER MÃE

A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo, espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.
Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga; o instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?
É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É leva-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampara-los nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: “e se tivesse sido meu filho?”
E quando vir fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observa-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.
É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de “mamãe” a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê. Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais – não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.
É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.
***
A maternidade é uma dádiva. Ajudar um pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe.
E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu.